O IPC foi fundado no dia 1º de fevereiro de 1939. Iniciativa de um grupo de pessoas liderado pelo Dr. Salvador de Maio, nasceu oficialmente “Instituto Paranaense de Instrução e Trabalho para Cegos”. Primeira entidade de assistência a pessoas com deficiência visual do Paraná, rapidamente tornou-se responsável integralmente por moradia, educação na sua escola especial (Fundada em 1940), trabalho em suas oficinas, assistência social através de ações que iam da aprovação e pagamento de pensões até a realização de enterros. Ainda hoje o instituto possui doze gavetas no cemitério Água Verde, onde estão enterradas somente pessoas cegas. Esse era o modelo de atendimento – instituição total- em vigor na época.
Em janeiro de 1940, iniciaram as aulas de alfabetização no Instituto, com apoio do professor Erasmo Piloto, originando a Escola de Alfabetização Benjamin Constant, que em 1975 através de parceria com o governo do Estado passou a se chamar Escola de Braille Professor Máximo Asinelli, em homenagem a um dos seus professores e diretor educacional. Em 1998, prestando mais uma homenagem, o nome mudou para Escola de Educação Especial Professor Osny Macedo Saldanha.
Em mais de 70 anos de história vários episódios marcaram a trajetória do IPC. Em 1996, um grupo de cegos acampou em frente à Instituição por quase seis meses, denunciando maus tratos, protestando contra a diretoria, e contra condições legais e administrativas que os impossibilitava de participar diretamente na gestão do Instituto. O resultado veio em 1997 quando houve a primeira eleição de cegos para a diretoria do Instituto.Milhares de pessoas com deficiência visual passaram pelo IPC que vem se adequando aos novos paradigmas em relação à cidadania de pessoas com deficiência visual, assim como tem atuado na defesa e promoção dos diretos. Nos últimos anos o IPC vem desmontando o modelo assistencial-filantrópico que motivou sua fundação e construído uma abordagem voltada para a criação de oportunidades com enfoque na autonomia e valorização das potencialidades de pessoas cegas e com baixa visão.